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sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Dia do Designer
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sábado, 30 de outubro de 2010
Retenção de Talentos
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Receita para a Felicidade
Desse contato surgiu uma certa amizade, ainda que por distância, mas com grande consideração que aproxima.
Só tenho que agradecer e elogiar o trabalho dessa grande amiga. O seu website, onde ela pode mostrar toda a paixão por sua profissão é www.joribes.com.br, empresa que começou com seu maridão Ricardo Ribes e com certeza faz grande sucesso!
Só tenho a dizer: aproveitem esse artigo cheio de significados e emoção!
Por Jô Ribes
Recebi um email desejando feliz natal e um ano novo grandioso, mas mais do que desejar a felicidade, o texto que recebi a questionava. Usava como pano de fundo alguns trechos do livro A Bruxa de Portobello de Paulo Coelho, autor que nem aprecio muito, mas suas palavras me ajudaram a refletir alguns conceitos de felicidade.
Do que é então feita essa tão cobiçada felicidade? De amor, que muitas vezes é cheio de êxtase e agonia? Ou de paz? Se o inverno persegue o verão, se o gato não pode ver o rato e toda a natureza conspira entre si, onde encontrar a paz ? No dinheiro? É sabido que ele faz falta mas o excesso pode provocar o medo de perdê-lo, gerar stress, indiferença, crises. Isto é felicidade?
Será que é característico do ser humano buscar a vida toda por algo utópico e inatingível que nunca está ao seu alcance? Será que a busca pela felicidade não é também utópica? O que preciso para ser feliz? Dos sonhos mais simples aos sonhos mais complexos, para mim, ser feliz, é saber acima de tudo reconhecer as coisas boas da vida que tenho hoje. As pessoas que amo, a saúde, as qualidades que tenho e até os desafios. Sem os desafios seria impossível ser feliz, já que a mesmice imperaria e certamente isto não deixa ninguém animado ou nos leva para uma apatia pela vida. A busca pelo bom, pelo melhor, pela superação de metas, de limitações nos traz aperfeiçoamento. Aí segue outra pergunta: É o alcance das metas em si que me traz felicidade? Ou a esperança de poder chegar lá? Se valorizar o hoje que é cheio de coisas boas, de momentos especiais, e que me estimula a lutar por um amanhã ainda melhor, isto não é ser feliz?
Outro dia estava em uma reunião com um executivo de gênio difícil e dificuldade em aceitar argumentações. Quase não podia mais ouvi-lo, já que ele concluíra o que queria e minha opinião não tinha o menor efeito sobre o que ele já decidira acerca do assunto
Independente de onde estão, meus pais nunca acordam com o rádio relógio, mas são despertados pelos passarinhos que estão ao seu redor. A varanda de sua casa tem uma bela árvore e diversas plantas, onde os beija-flores tomam sua água no suporte com uma flor de plástico e ainda reclamam quando não há água fresquinha. Alguns galhos tem frutas como mamão e banana cuidadosamente colocadas pelo casal garantindo a visita das mais diferentes espécies. Eles não são super estudados, nasceram no interior de São Paulo, mas me ensinaram que onde há o caos, pode haver uma luz. Onde há tristeza pode haver felicidade. E tudo uma questão de saber para onde olhar.
Eu e meu marido fomos assistir ao jogo de futebol de nosso filho em um colégio do Morumbi. Nosso time estava perdendo feio e estávamos tensos. Ao olhar para o lado esquerdo do campo me dei conta de que um casal de pássaros Quero Quero estavam nervosíssimos, porque cada vez que a bola ia para mais longe, os jogadores chegavam perto do ninho deles, onde certamente criaram uma bela família. Foi só olhar para o lado, com um olhar diferente para ver um outro mundo dentro daquele em que estávamos. Só queria que o jogo terminasse logo para que os papais ficassem seguros de que ninguém mexeria com seus filhotes. Eles sofriam ali por seus rebentos, enquanto eu e meu marido, sofríamos pelo nosso filhote que perdia o jogo. Onde está a felicidade? Será que ela não é um ponto de vista? Será que ela não é um estado de espírito?
O que precisamos para ser felizes está no futuro ou pode estar no presente? Será que vemos o mundo mas não o enxergamos? Certamente é uma questão de estado de espírito. Basta ajustar o foco... Feliz 2010.
Jô Ribes
Jornalista e empresária e voluntária no programa Mãos que Ajudam há 10 anos